sábado, novembro 06, 2004

Amor

Pois é...eis que me prosto aqui a escrever sobre um tema que suscita logo lamechices. Mas não sei até que ponto o que escrevo pode ser encarado como tal. No que eu me proponho pensar é na razão por detrás da vergonha e aparente inadequação do uso da palavra Amor em determinadas situações. Cada vez mais me apercebo que dizer Amo-te se está meramente a restringir à privacidade de um casalinho, e aos poucos vão sendo ignorados todos os outros sentidos em que se poderá dizer tal coisa a uma pessoa. Falo obviamente nos amigos e nas famílias. Não sei se é apenas impressão minha mas a dimensão tão grande dessa palavra, tudo aquilo que ela abrange se está a reduzir cada vez mais. Quantas vezes se diz Amo-te a um amigo ou amiga? Quantas vezes se diz Amo-te às mães, pais, avôs, avós, etc.? É óbvio que toda a força do sentimento que une duas pessoas que pretendem dedicar a vida uma à outra, não deve de maneira alguma passar despercebido, mas não é verdade que o sentimento que nos une aos nossos entes mais queridos, nomeadamente família e amigos, tem a mesma força e o mesmo poder que o anterior? Obviamente não são bem iguais, mas para mim, como aprendi a percepcionar o Amor, cabem ambos com igual direito nesta designação. Porventura poderão achar que deveriam haver designações diferentes, mas também para quê? As grandes diferenças entre os vários tipos de Amor não são para serem expressas em palavras, mas sim nos actos e nas pequenas coisas que caracterizam as relações. E por vezes por muito que eu queira transmitir todo o Amor que eu sinto pelas pessoas que me compõem e me completam a vida, recuo por medo de parecer ridículo e soar mal aos ouvidos das pessoas. Mas porquê, se tantas vezes o que as pessoas que nós Amamos precisam é de ouvir isso das nossas bocas? E tantas vezes não precisamos nós de lhes dizer? Por isso, como dizê-lo é mais difícil que escrevê-lo, torno a cair no sentimentalismo e torno a dizer à minha família e aos meus amigos todos que os AMO e que eu nada seria sem eles.
Provavelmente pensam que me repito no que toca a esse assunto, mas, desculpem-me os leitores, porque hei-de de me coibir de dizer vezes sem conta às pessoas da minha vida o que elas significam para mim, se parte do que me faz feliz é partilhar os meus sentimentos com quem permite e constrói essa minha felicidade?
O Amor é tudo o que nos rodeia, porquê ter vergonha de o demonstrar e dizer, hoje e sempre. Amem a vida, independentemente do sofrimento e dor, porque afinal, o que seria a vida sem Amor?
Abraços Grandes

2 Comentários:

Comentários Hoje At 8:23 da tarde, Anonymous Anónimo comentou...

'Tou a ver 'tou.....:/

 
Comentários Hoje At 9:30 da tarde, Anonymous Anónimo comentou...

Adorei este post! Sério, conseguiste transmitir por palavras o que muita gente pensa (incluindo eu) sobre Amor. Admito que, infelizmente, tb recuo demasiadas vezes quando me é necessário (e quando quero do fundo do coração) expressar os meus sentimentos para com os meus amigos e/ou família, mas estou a tentar mudar isso! É bom saber que ainda há pessoas que não pensam que amor é uma estrada com um só sentido... *Ritinha*

 

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