sábado, novembro 06, 2004

Revoluções

Hoje em dia cada vez mais, me sinto frequentemente inundado por uma vontade e ânsia enorme e emergente de mudar o mundo, e impedir quem nos faz mal. De cada vez que ouço as notícias, sou bombardeado por decisões ridículas e acontecimentos a nível nacional e mundial que parecem ter como único e explícito objectivo acabar com toda e qualquer qualidade de vida, por muito baixa que ela seja já, e pôr fim a toda e qualquer esperança de melhoras e bem-estar das pessoas. Correndo o risco de entrar em politiquices, cada vez mais sou confrontado com situações em que o respeito e o zelo pelas pessoas, em particular das que mais precisam, são postos completamente de parte, e, mesmo, penso eu, considerados como algo a repudiar e a evitar, para sim se contemplarem em pleno os interesses de quem na realidade não precisa de nada, uma vez que já tem tudo. Mas, tentando evitar em pormenores, sinto-me cada vez mais impelido a dar voz às minhas preocupações, e tentando, de alguma forma, incutir algum juízo e respeito pelos outros na cabeça de quem não tem nem uma coisa nem outra. Anseio por um certo poder que me permitisse fazer-me ouvir e conseguir impedir que tudo se desmorone, como parece ser por vezes a consequência de determinadas situações.
Por isso, tentando fugir um pouco a esta inquietude, e vontade até de uma certa revolução, evito por vezes ver essas notícias, mas o inevitável acontece e algo acaba por me chegar aos ouvidos, despertando o bicho que, na realidade nunca chega bem a adormecer.
Mas, apesar de todo este pensamento nas injustiças que nos rodeiam, tento ao máximo gozar a vida, que é o mais importante, e nunca perder a esperança de quem um dia chegue em que o que parece improvável agora aconteça. No entanto, fica sempre a dorzinha da consciência que tenho de que eu não sou ninguém, e nunca vou conseguir mudar o mundo, ou sequer contribuir para isso. Mas a vontade continua, mais forte do que nunca, mas a alegria de viver também, ajudada por saber que há pessoas como eu, e que há pessoas que mesmo vítimas injustas conseguem encontrar a força, a esperança e a alegria de viver, que me fazem sentir feliz por estar vivo, e nutrir o maior respeito pela vida. Respeito esse que vou manter hoje e sempre.
Abrações Grandões

2 Comentários:

Comentários Hoje At 11:52 da tarde, Blogger Andrea comentou...

Este comentário foi removido por um gestor do blogue.

 
Comentários Hoje At 11:53 da tarde, Blogger Andrea comentou...

Tens aqui mais uma fiel leitura para as tuas supostas "lamechices"... se bem que não concordo com esse teu termo... mas pronto... cada um fala dos seus sentimentos sejam eles quais forem e rotula-os da maneira que entende. ; )

 

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