quarta-feira, dezembro 08, 2004

Sexo

Não se assustem com o título, porque eu vou escrever não vai ser chocante, muito porque eu não sou a pessoa mais indicada para escrever sobre sexo (por razões que devem ser inferidas por vocês e não escritas por mim).
Cada vez mais encaro o sexo como a forma mais completa de entrega total a alguém, a partilha não só de alma mas de corpo, que julgo poder ser um acto muito bonito (isto quando os sentimentos estão em jogo na relação física). Cada vez mais gosto de ver o erotismo que hoje em dia nos circunda, e que como um feitiço tenta passar despercebido. Se calhar posso ser mal interpretado, ou mesmo não me fazer entender como queria, mas acho que a aliança que muitas vezes a sexualidade e a sensualidade estabelecem se reveste de uma força enorme, e de uma beleza incrível e atraente (especialmente quando não é a consumação propriamente dita que é sublinhada, e, muito pelo contrário, a privacidade a ela inerente consegue ser mantida).
É através do sexo que nos reproduzimos e conseguimos ao mesmo tempo retirar prazer. É o sexo que permite a exploração do nosso e do outro corpo, que nos permite a união completa com a outra pessoa enquanto de nós fluem múltiplas energias, e enquanto nós recebemos a energia do parceiro/a. Também penso que ao falar de sexo, tal não implique exclusivamente a consumação como normalmente se considera. Julgo haver tantas coisas, tão ou mais importantes que...bom vocês sabem!
O que eu penso é que a magia inerente ao sexo não está na consumação propriamente dita, mas sim na dimensão de exploração e conhecimento que ele permite, no amor intenso que eu julgo ser possível transmitir através do toque mais íntimo, do beijo mais ardente...
Quanto à sensualidade e sexualidade, penso que ambas dão um colorido magnífico à vida. A atracção que isso gera é magnífica porque de certa forma transmite o desejo intrínseco do Homem de união corporal. Cada vez mais nos filmes, nas músicas, a sensualidade e a sexualidade têm presença assídua e importante, o que para mim é fantástico, porque traz à flor da pele sensações que não se conseguem descrever, e que julgo tornarem mais forte o desejo de entrega por parte de quem os vê/ouve, e julgo também tornarem as pessoas mais conscientes da sua sexualidade e do que o seu corpo lhes pode proporcionar, intimamente, quer sozinho quer em conjunção com outro. Acho que cada vez mais as pessoas se devem esforçar por tomar consciência dos seus corpos, explorá-los, e descobrir as potencialidades que latejam dentro de cada um.
Resumindo, acho que o sexo é bonito (sem fazer distinções entre intervenientes) quando levado a sério, e que não se resume apenas ao corpo, podendo ser uma união perfeita entre corpos e espíritos. Não vejo então qual o sentido de ser considerado tabu, principalmente na sociedade de hoje em dia.
Bom, volto a frisar que eu falo sem muito conhecimento de causa, e que o mais provável é que vocês, leitores, achem tudo isto uma enorme palermice. Mas...olhem, não consigo deixar de ser sonhador...e de ter muita imaginação (no sentido de dizer parvoíces!lol)
Abrações Grandões deste vosso sempre dedicado
P.S. desculpem eu escrever sempre grandes testamentos

1 Comentários:

Comentários Hoje At 7:22 da tarde, Blogger Rita Costa comentou...

Concordo com tudo isso, sabes bem! Para mim o sexo deve ser vivido não só como uma relação física mas principalmente como uma comunhão espiritual, emocional e afectiva.
Penso muitas vezes o quanto é importante para mim ter essa relação: é mais do que a necessidade de prazer, é uma necessidade de tornar o amor palpável e comunicável (o tal sentido prático que referi...). É por isso que uma relação íntima - não só o acto mas todo o jogo de exploração - tem tanto significado para mim, torna-se difícil banalizar e impossível dissociar dos sentimentos.
Beijocas

 

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