segunda-feira, janeiro 17, 2005

O Corpo

Ultimamente tem-me dado para reflectir sobre o Corpo. Não só porque é o tema recorrente nas reuniões do grupo de teatro, mas é já uma coisa que me tem andado na cabeça. Cada vez mais estou, e esforço-me por estar em harmonia com o meu corpo, cada vez mais me tento descobrir e conhecer os limites do meu corpo, e as suas potencialidades. É para mim importante hoje em dia, que o espírito esteja em sintonia com o corpo. Sempre fui uma pessoa de complexos, e de alguns anos para cá ainda mais, mas hoje em dia tento olhar para o meu corpo de forma diferente, explorá-lo, às suas particularidades, às suas possibilidades. Tento tomar consciência daquilo que o meu corpo me permite, aonde posso chegar com ele, e nas infinitas metas que posso alcançar unificando-o com o que creio ser a minha alma, ou pensamento, como preferirem.
Para mim quando se fala em Eu está englobado o corpo e a alma. O corpo é algo de indispensável para expressar essa alma, para nos darmos a conhecer e podermos conhecer os outros. Creio ser indispensável para que uma pessoa possa afirmar que se conhece, que conheça o seu corpo. Mas não digo o corpo como uma mera entidade física, digo sim o corpo enquanto instrumento e parceiro do espírito e do conhecimento. Para mim o corpo é muito mais do que se consegue ver numa primeira instância, é algo que o próprio vai conhecendo gradualmente, se se explorar e analisar, e que os outros só conhecem se a pessoa assim o quiser. Para mim, entregar-se de corpo e alma, como se costuma dizer, é a condição essencial para que se conheça o corpo de alguém, sendo que é impossível conhecer o corpo dissociado da alma, do significado que assume e que é assim partilhado. Escusado será dizer que acho que o conhecimento da alma beneficia muito também desta partilha das duas entidades em conjunto, embora, como é óbvio a alma se dê conhecer sem implicação directa do corpo. Digo directa porque o que se conhece não deixa de ser a alma associada a um corpo, a expressões corporais, tiques, movimentos, sorrisos, esgares, toques...E digo mesmo que a alma da pessoa se pode até expressar e dar a conhecer melhor quando essa pessoa conhece o seu corpo e atinge o equilíbrio e harmonia entre os dois.
Pode parecer parvoíces tudo o que acabei de escrever, mas se temos um corpo, qual o objectivo dele senão o de se tornar uno e incorporado como quem o habita?
Abrações Grandes, desculpem a falta de clareza, mas deu-me uma vontade enorme de partilhar.
:) :) :) :) Abraços

1 Comentários:

Comentários Hoje At 5:31 da tarde, Blogger Rita Costa comentou...

Assim é o nosso corpo, um reflexo da nossa alma! Na sua linguagem própria, consegue transmitir muitas vezes o que é indefinível por palavras. Por isso é tão importante, tal como tu dizes, conhecer a potencialidades do nosso corpo... Para atingirmos um conhecimento acerca de nós mais amplo e mais completo e para nos expressarmos também de uma forma mais fiel a nós próprios.
Deixa sempre fluir a tua alma através do teu corpo, na sua mais pura expressão! Beijocas

 

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