Casa Vazia
O bater do ponteiro do relógio ecoa na casa vaziaO soalho range a cada passo, anunciando a presença
O tempo passa ruidosamente, mergulha nos ouvidos bem fundo
Nada o disfarça, nem as rajadas que por entre as frestas o vento assobia
O bater do coração ecoa na mente distraída
Sobrepõem-se os ruídos ao barulho da solidão
A esperança deseja que o tempo mostre compaixão
Pelo eco que mora na pele e nas paredes, da ausência de vida
Os sentimentos transbordam, inundam os cantos, as esquinas
Afogam apnas e só quem não os impede de verter
O mar salgado que tomba dos olhos, forma vagas gigantes
Tudo engolindo no seu rasto, no seu bater
Não há vida, não se ouve senão o próprio respirar
Que logo cessa o seu eco quando submerge no mar
O fresco das gotas inunda a pele, ensopa o ser
Mas a corrente é forte, difícil de deter
As paredes sufocam enquanto se afastam
E o bater violento dos ponteiros grita aos ouvidos
O soalho range de dor a cada passo, cada pegada
Mas no fundo não passam disso, meros ruídos
Nenhum deles se materializa na minha frente
Apenas eu tenho corpo na imensidão
E os olhos mergulhados na minha face dormente
Por entre a água contemplam a vasta solidão
Abrações Grandões
(Eu sei...foleiro...quem disse que as aulas não rendiam ;o)
1 Comentários:
eu tb gostava de saber se as aulas tb te servem de inspiração para escrever a mita fita... olha q eu quero uma coisa linda ;)
beijinhos
ps- sabes quem eu sou certo? :S
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