quarta-feira, abril 20, 2005

Negra Sombra

A noite vai avançada e o Sol desponta ao fundo
no horizonte
Os olhos pesam, toldados ainda pelo sono interrompido
abruptamente
O corpo desperta sem ter vontade de o fazer
relutantemente
As estrelas recusam a apagar, enquanto o dia
não se mostrar completamente
As nuvens não mostram a cara no céu
escondidas por aí
O dia adivinha-se de sol e calor, limpo
pelo menos foi isso que senti
Ainda assim o negrume que adormeceu comigo
desperta dentro de mim ainda
O turbilhão de angústias e tristezas
dúvidas e incertezas
Acompanha o meu vagaroso acordar
e assim o fará pelo resto do dia
Escondido nos sorrisos, olhares risonhos
uma visível alegria
Não me tapa a luz do Sol, nem o seu calor
não me impede de sorrir, ou ver a perfeição
Ver a beleza do Mundo em meu redor
mas recusa-se a largar-me a mão
Acompanhando-me a todo o lado
murmura-me ao ouvido
apanha-me desprevenido
induz-me em lágrimas escondidas de tudo
num canto recôndito onde ninguém veja
ajudando-me a cobrir, envolvendo-me nos seus farrapos
negros, que descem sobre a minha cabeça quando o meu coração fraqueja
Envolvendo os meus sentidos na sua escuridão
embala-me suavemente no seu abraço forte
Ouvindo os murmúrios que choro, lamentos que emano
Sentimentos tão fortes que me impede de suprimir
Esta Negra Sombra que tolda e faz parte do meu existir

Abrações Grandões
(este também saíu foleirote não?! :P)

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