Morto
Encontro-me aqui...a teus pésMorto mas ainda ouvindo o meu coração a bater
Ainda sentindo o metal do sangue que continua a escorrer
Enquanto ficas aí, indiferente, ignorante do crime que acabaste de cometer
Olho-te por entre as lágrimas nos meus olhos
Contemplo-te por entre o brilho do sol que tu refractas
Enquanto te manténs imóvel, incólume, ilesa
Inconsciente do quanto tu me magoas, quanto me matas
Mas não te culpo, perdoo-te por tudo
Porque sempre me escondi no silêncio, permaneci mudo
Daí não saberes, daí desconheceres o que sentia por ti
Sentia...sim, porque não sei se sinto agora que morri
Não pestanejo porque ainda sinto esta necessidade
Esta pulsante, incansável, intolerante e forte vontade
De te olhar, de te ver, sem perder um segundo
Ainda mais agora que passaste para um outro mundo
Respiro...vejo...sinto tudo como em vida
Mas sinto que o meu coração bate mas morreu
Sinto que algo me falta, algo me mata devagar
O sangue na alma diz-me que foi a esperança que se perdeu
Encontro-me aqui...a teus pés
Morto, sem esperança nas veias ou no coração
Que bate sozinho, sem rumo e me diz que morri
Mas mesmo morto não consigo tirar os olhos de ti
Trágico não? eheheh ;o)
Abraços Grandes
2 Comentários:
Muito. Mas não deixa de ser lindo na mesma.
Andrea
bastante trágico, mas magnífico exactamente por isso... e como vês, fez com que finalmente eu arranjasse tempo para escrever alguma coisa!
Bjs gds
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