segunda-feira, novembro 20, 2006

Ingénuo

Se por ser sonhador, idealista e acreditar piamente no que defendo ainda que pareça a anos-luz de se tornar realidade tenho de aguentar ser chamado ingénuo que assim seja...podia ser pior e ao menos não me resigno a fatalismos pessimistas e que demonstram nenhuma fé no homem...pois se ela de facto não existir será difícil chegar a algum lado!
Abraços

domingo, novembro 19, 2006

O tempo que resta (Domingo)


Sinceramente, para este não consigo expressar-me sem continuar a comover-me.

Li numa crítica do Público que era seco (a crítica era positiva atenção) e um murro no estômago. De facto é-o. É uma reflexão simples mas pungente, comovente mas não lamechas, sobre a vida e sobre a morte, e sobre o tempo que resta...

É complacente com a raiva, com a tristeza...com todos os sentimentos possíveis de surgir... Aliás, a personagem principal cresce ao longo do filme, construindo a simpatia quando está prestes a terminar... Foi um filme que se repercutiu em mim, que urge a nós tomarmos conta do que temos, resolvermos o que temos por resolver e gozar o que nos é concedido, não tomando a vida como algo garantido e invencível.

É um filme sobre a vida...simples como ela pode ser no meio de uma complexidade de emoções.

É algo que eu não posso descrever porque me vejo limitado em palavras. Se calhar quem viu acha que eu exagero...se calhar, mas eu sou assim.

Recomendo, recomendo, recomendo e recomendo.

The Edukators (Sexta-feira)


Epá!!!!!! Grande grande filme. Idealista que até ferve...e revi-me tanto nele que até dói.

Excelente. Palavras certeiras e ideais idênticos, só me ocorre isto...

Transcrevo duas frases que são ditas:

"Não interessa quem fabrica a arma mas quem puxa o gatilho"

"Quem não é liberal até aos 30 não tem coração...quem é liberal depois dos 30 não tem cérebro."

Extremamente actual, confronta-nos com a realidade mas a mim deu-me força para continuar a acreditar...se assim não for o que será de mim?!

Estou sinceramente edukado e quem me dera conseguir edukar assim...

Adorei a estória dos três amigos...I'm a sucker for love stories.

Abraços Grandes

Um longo domingo de Noivado (Quinta-feira)


Palavras para quê?!? Eu tenho uma paixão pela Audrey Tautou!

Já tinha lido o livro deste filme (que recomendo mesmo muito porque é um livro muito muito bonito e rico no que respeita às suas personagens e vivências, achei mesmo exemplar).

O tratamento da estória no filme tem umas pequenas nuances que o tornam mais leve e mais fácil de transpor, mas nem por isso lhe tiram a beleza. Obviamente as personagens não estão tão bem exploradas, mas não há tempo por isso a personagem principal é mesmo e só as três letras MMM (Manech aiMe Mathilde) e a sua força e perseverança. A ligeireza de alguns momentos dá-lhe um toque de mestre e torna a estória mais agradável e menos tormentosa como eu achei ser a do livro. A componente de estória de detectives acaba por não ficar muito bem explorada e desenvolvida mas não seria de esperar outra coisa.

Audrey Tautou ao rubro. Vejam esta estória de quem leva a fé no amor até às últimas consequências...mesmo quando as coisas mais simples a parecem querer desiludir ("Se eu chegar à curva antes do carro ele volta vivo!").

Muito muito bonito (visualmente também)

Abraços grandes

Brick (4ª feira)


Na maior caga de todos os tempos, fui à borlix ao cinema porque me deram assim do pé para a mão um convite para esta ante-estreia (para a qual eu tinha concorrido na net mas tinha ganho apenas juízo) que por acaso era de um filme que eu queria muito ver.

Pois bem...o filme? Estória de detectives num secundário. Cépticos, não estejam. Sinceramente, ouvi dizer uma pessoa que estava exagerado...poderá estar, mas não sei se assim tanto. Desengane-se quem pensa logo em Morangos com Açúcar porque disso não tem nada. É um filme violento, com uma trama extremamente adulta e agressiva, bem negra, e que lida com problemas que acho que devem ser bem reais. No fundo, é a estória de um rapaz (Joseph Gordon-Levitt muito muito bem...lembram-se do 3º calhau a contar do sol?!) que recebe um telefonema da ex-namorada (que ele não consegue esquecer) a dizer que está metida numa grande alhada, para logo aparecer morta num beco. O rapaz entra então nos meandros dos estupefacientes, com uma determinação, resistência e sentido de humor admiráveis, prontinho a decifrar o que aconteceu para ali.

É um muito bom bocado. O argumento está muito fixe, desenrola-se bem, tem boas interpretações e personagens apelativas e um excelente sentido de humor (para mim a imagem de um candeeiro de mesa num carro com o abat-jour a balouçar com o andamento daquele ficar-me-á eternamente gravada na memória) e é um óptimo filme policial.

A vida secreta das palavras (3ª feira)


Diferente, é o que eu posso dizer deste filme que não deixei de achar bonito. Nem sei bem o que dizer, ressalvo apenas que amei o trabalho da Sarah Polley e achei que o Tim Robbins estava muito muito bem.

Cheguei ao fim a pensar que de facto as palavras escondem segredos, e que às vezes só complicam.

Quem gosta de cinema assim mais alternativo aconselho....aos outros...só se estiverem com curiosidade,lol.

Abrações Grandões

The Departed (Segunda-feira)


Ora aqui está um filme que tira do sério qualquer pessoa! Já tinha visto o original e, de facto, a premissa é extremamente original por isso fiquei um pouco desconfiado quando comecei a ouvir falar de um remake em hollywood. Depois soube que ia ser realizado pelo conceituado Martin Scorcese, e protagonizado por um vasto leque de grandes actores...foi o suficiente para o querer ir ver (juntando a que tinha visto algures que o final é diferente do original...e, de facto, é, sendo o original mais suave, embora não menos inesperado).

Pois bem, tendo mais uma hora de filme que o original vê-se de tudo...sangue, tiros (muitos), algum sexo, etc. Mas o que é certo é que deixa-nos agarrados à cadeira, não só devido à intriga mas também (e aqui falo por mim) pela magnitude das interpretações. É um filme que flui bem devido aos momentos de acção e mesmo à complexidade da trama. Alguns pormenores são geniais...alguns diálogos são muito cómicos (e viva o Alec Baldwin e o Mark Wahlberg), e resumindo é um grande filme.

Sinceramente atrevo-me a recomendar a toda a gente, porque vale mesmo a pena. Eu saí do cinema sem ser capaz de apontar o dedo a nenhum dos protagonistas no que respeita à sua prestação.

Muito muito bom...vejam os dois, original (mais suave e sentimental) e este (mais americanizado e violento mas com muito muito estilo).

Abrações Grandes

Desengane-se....

...quem pensa que eu só voltei a ver filmes esta semana desde o anterior que comentei...Era o que faltava!!! Alguma vez na vida?!?!
Só vou é comentar estes porque estão fresquinhos...e foi praticamente um por dia esta semana...tenho a barriguinha cheia.
Abraços Grandes

quinta-feira, novembro 02, 2006

Little Miss Sunshine


Simples, enternecedor, hilariante e absolutamente tocante.

A prova viva de que a vida nem sempre dá filmes com argumentos muito complexos e cheios de reviravoltas. Muitas vezes é no mais simples que se descobrem as emoções e nos emaranhamos nas teias dos sentimentos.

Vale mesmo a pena ver...e cá para mim vale mesmo a pena rever...vezes e vezes sem conta.

Grandes actores num filme de uma grandeza transcendente advinda da sua simplicidade tão profunda.

Abrações Grandes