quinta-feira, março 31, 2005

Filmes...e nada mais

Pois é, eu sei que quase não tenho escrito e quando escrevo é para falar de filmes...desculpem! Mas ultimamente a inspiração é nenhuma e para estar a escrever coisas piores do que as que escrevo quando digo estar com inspiração, não vale a pena.
Por isso eis-me aqui novamente a falar de um filme que hoje fui ver "The Life Aquatic with Steve Zissou" (tristemente traduzido para "Um peixe fora de água"). O filme é muito divertido e tem interpretações excelentes, Bill Murray e Anjelica Huston estão sublimes, principalmente o primeiro que transborda o seu talento nato e inato para a comédia interpretando o papel principal com a descontracção, gravidade e humor espontâneo que é necessário. Anjelica Huston por seu turno está estrondosa conseguindo o feito de sorrir apenas uma vez em todo o filme, mostrando-se taciturna, cínica e irónica todo o filme sem nunca perder a postura. O restante elenco está estrondoso, colorindo ainda mais a estória fora do normal, mas ao mesmo tempo salpicada por momentos bem reais, humanos e emocionantes, fazendo com que consiga ser considerada credível, independentemente de todos os elementos mágicos e fascinantes (a vida aquática neste filme é retratada recorrendo a técnicas menos avançadas, conseguindo no entanto transportar-nos para um mundo mágico e mais bonito do que a tecnologia consegue).
Desde o início até ao fim, é impossível deixar de sorrir (apesar de algumas tragédias e tristezas, que mesmo assim são tratadas com ligeireza) uma vez que se seguem em catadupa tiradas cómicas, uma a seguir à outra, misturadas com momentos bem engraçados (um dos momentos que poderia ser mais violento acaba por fazer rir, devido à ligeireza e comicidade com que é retratado).
O filme é diferente, conseguindo fascinar, emocionar e surpreender, nunca se entregando totalmente à tristeza ou às lágrimas já que os momentos que a isso o apelam fazem parte de um quadro extremamente colorido e variado, que no seu conjunto incita ao sorriso, umas vezes mais próximo da gargalhada e outras vezes mais próximo da emoção e contemplação de um filme que é, sem dúvida, muito bonito, e extremamente ORIGINAL.
Escusado será dizer que recomendo vivamente a todos, já que acho que este filme é para todos, e que todos vão tirar do filme coisas diferentes, já para não falar no facto de que, de certeza, toda a gente ficará surpreendida por esta pérola de bom cinema...eu sei que fiquei, e as minhas expectativas eram muito altas.
5 estrelas também para a banda sonora que é muito boa, e muito bem interpretada pelo actor brasileiro (Seu Jorge, o Mané Galinha de "Cidade de Deus") que protagoniza interlúdios musicais constantemente presentes durante todo o filme, e que só ajudam a dar ainda mais colorido à estória.
Abrações Grandões

sexta-feira, março 25, 2005

Old Boy - Velho Amigo

Filme puro e duro, sem paninhos quentes...mas ainda assim extremamente comovente e perturbante.
Não tão violento graficamente, como eu esperava, mas ainda assim extremamente explícito. Instintos e violência à mistura, com umas pitadas de paranóia e desespero...com tempo ainda para umas risaditas. Enredo fascinante e final imprevisível e chocante.
Não tão longe da natureza humana...
É um filme de emoções fortes e primitivas, comovi-me e ainda estou a pensar nele.
Precisam de mais razões? Vejam, recomendo VIVAMENTE! Não se deixem intimidar pela classificação de maiores de 18, sinceramente já vi filmes mais violentos classificados para maiores de 12.
Excelente filme...surpreendente.
Abrações Grandões :)
P.S. desculpem as experiências,lol ;)

quarta-feira, março 23, 2005

Mensagem ao Fuser

Desculpem os demais leitores (também não devem ser muitos,ihih) mas vou só mandar aqui uma mensagem pessoal ao Fuser:
Só para ti: 5 - 4, ganho eu, eheheh
Abrações Gigantes Fuser e todos

Desbaratinar!

Se quiserem desbaratinar, ver um filme que é puro entretenimento e que tem piadas que não lembram a ninguém (daí ser um filme tão original) vejam:
"O repórter - a lenda de Ron Burgundy"
O filme é um disparate pegado do princípio ao fim, mas é muito muito engraçado. Se gostam de filmes parvos e disparatados, mas verdadeiramente originais e engraçados vejam-no. Rir do princípio ao fim.
Abraços Grandes :) :)

Cepticismos

Não sou capaz de ser céptico. Defronto-me constantemente com a minha mente a vaguear por sítios inóspitos antes de sequer (se sequer chegar a isso) contemplar explicações ou imagens mais cépticas e sem imaginação nenhuma.
Por muito que se contradiga, há sempre um bocadinho de sonho e de imaginação em tudo, por muito que seja a coisa mais simples do Mundo...se não há pelo menos pode interpretar-se e encarar como havendo, não há nada mais fácil.
Não me lembro quem dizia, mas o sonho comanda a vida, e ainda que se baseie nela tem o poder de a transcender e de a fazer transcender-se a si própria.
Por isso para mim os filmes e a música são mais do que isso...são instrumentos que utilizo e que dão mote aos meus sonhos, aos meus filmes e às minhas músicas, que incorporo na minha realidade para lhe dar colorido...mas não conto a ninguém, arrisco-me a passar por maluco, se é que não passo já!
Cada vez mais chego à conclusão que a minha realidade é diferente das outras pessoas(pelo menos não tenho conhecimento de mais alguém assim, se anda por aí por favor acuse-se!;), pejada de sonhos e fragmentos de imaginação que me piscam o olho ao virar de cada esquina, ao abrir de cada porta e me segredam ao ouvido um obrigado por trazê-las à vida...mesmo que apenas na minha mente (não tenho meios de as simular na realidade).
Abrações Grandões
P:S: não se assustem, eu pareço maluco mas sou inofensivo :P

Sonhos...

O que se sente quando se vê passar à frente dos olhos sonhos que queríamos viver, transpôr para as nossas vidas mas sabemos nunca ser possível?
O que se sente quando se tem mil e um planos para a vida, mas aos poucos acaba por ir desvanecendo a força e ímpeto para os alcançar?
O que se sente quando queremos muito uma coisa mas depois falta-nos a coragem para tentar alcançá-la?
No fundo, o que se sente quando sonhar não chega? Quando o sonho precisa tornar-se realidade?
Abrações Grandões

sexta-feira, março 18, 2005

Dreams

"The dreams you don't fight for can haunt you for the rest of your life"
Abrações Grandões (ouvi isto num filme que dificilmente vão adivinhar qual é ;)

quarta-feira, março 09, 2005

Quem espera...sempre alcança?

Ele levantou a cara do meio das mão e virou-se para contemplar o tecto. As lágrimas já tinham secado, mas tinham deixado um vestígio do seu sal que arrepanhava a pele imediatamente por baixo dos olhos, e desenhava o percurso de todas elas pela face abaixo até ao queixo. Milhões de pensamentos acorriam em catadupa à sua mente, era impossível agarrar-se a um...ainda para mais sendo tantos deles recorrentes. Contemplava em silêncio, por entre o rumor da rua, o branco lá em cima, conseguindo até diferenciar um pensamento que reflectia um desejo remoto de que aquele tecto desabasse em cima dele...acabavam os problemas todos. Estava deitado na cama, e pela milionésima vez em poucos dias revolvia a vida toda num segundo, accionando a tristeza que o corroía, sem ele saber, cada vez mais surgindo mais forte de todas as vezes que surgia a flutuar à tona das suas ideias.
Não podia de todo negar os momentos de felicidade e alegria que tinha vivido até aí, e só pensar nesses momentos lhe traziam ainda umas réstias desses sentimentos vividos. No entanto, era grande o vazio onde muitas vezes caía a realidade e alegria momentânea. Depressa aquele buraco negro o apanhava desprevenido e sugava toda a vitalidade e réstia de esperança cravada no coração. Depressa sentia a corrosão da tristeza enquanto corria nas veias, e o borbulhar das lágrimas nos olhos fervia...
Procurara...tantos encontravam...menos ele...sentia-se menos que os outros e por muito que se tentasse resignar não o conseguia fazer pacificamente...rendia-se à incerteza de uma vida sem o que procurava e à inevitabilidade da frustração e angústia permanente que antevia para o resto da sua vida. Receava se alguma vez o fel vertido inadvertidamente pelo coração acabasse por substituir o sangue das veias, em vez de ser expelido diluído nas lágrimas. Perguntava-se a si próprio se os senntimentos resistiriam ou se acabaria por perdê-los, tornando-se frio, vazio.
Sentia que o momento propício à descoberta estava a esvair-se e os últimos grãos de areia na ampulheta estavam prestes a escorregar...temia fortemente se o sentido da sua vida escorregaria com elas...e então voltava a chorar.
Procurara...ou melhor, procurava ainda...deixava-se procurar...mas sentia-se como um barco à deriva que anseia por terra...mas a esperança de que a terra viria já quase desaparecera, mais tarde ou mais cedo afundar-se-ia no eterno mar, e nele viveria para sempre.
E procurava naquela parede, no branco da tinta algo que o distraísse, ou mesmo, que sabe, algo que lhe desse a resposta. Mil vezes pensara na frase Quem espera sempre alcança...já tinha esperado tanto...tantos outros haviam alcançado...menos ele. Não tinha sido contemplado com a possibilidade de alcançar...seria de admirar se todos alcançassem...mas ele não era capaz de lidar com isso e temia nunca vir a ser...por isso continuou a esperar...também, enquanto vivesse sabia mais nada restar-lhe a fazer...
Abrações Grandões
P.S. não me responsabilizo pela qualidade do post, é só porque já me sentia mal por não escrever há muito tempo

quarta-feira, março 02, 2005

Afinal...

Hoje estava no bar da faculdade e, entre amigos surgiu-me uma dúvida que não interessa a ninguém, daí eu estar a colocá-la aqui. Quem souber a resposta agradeço desde já que partilhem.
O contrário de uma pessoa desvairada é uma pessoa vairada?
E o contrário de uma pessoa destravada é uma pessoa travada?
Pequenas dúvidas nada cruciais e interessantes como vêem.
Abrações Grandões