Hoje e sempre...encerrado para férias
Pois é.
Serve o presente comunicado para informar a comunidade de escassos visitantes e transeuntes deste blog, que o mesmo se declara oficialmente encerrado para férias.
O período de férias assim prescrito não tem à partida duração pré-determinada, correndo inclusive o risco de se prolongar indefinidamente até que todos sejamos velhinhos e caquéticos e que um blog, em especial com o teor deste, seja um motivo de vergonha (mais do que poderá ser actualmente) e provoque situações embaraçosas nas quais se terá de fingir um episódio de narcolepsia junto dos companheiros do lar de terceira idade onde tenhamos escolhido descansar.
Assim sendo, despeço-me com amizade e agradecimento por quem aqui possa passar e deixo aqui os endereços nos quais poderão mais certamente, e de forma mais frequente, encontrar textos e devaneios elaborados pelo autor deste blog:
www.cru-a.com (revista online, gratuita e mensal, com excelente conteúdo)
www.viagensaofundodarua.blogspot.com (tem estado morto mas vou fazer por updatar)
www.cartas-de-amor-ou-desamor.blogspot.com (ok, a probabilidade de updates neste blog em particular é muito muito pequenina, mas ainda assim pode ser que pingue alguma coisa)
Bem hajam,
Pedro Palrão aka Palroni
Je veux vivre
Bem sei que não escrevo aqui há um tempo infinito, as minhas desculpas a quem (será que alguém) que se tenha ressentido de tal facto. O que é certo é que não tenho andado com a maior das inspirações (e, diga-se a bem da verdade, pachorra) para vir escrever aqui. Além disso tenho andado mais empenhado em inspirar-me para escrever em outros locais (quem não ouviu ainda falar da magnífica revista Cru A, é bom que vá comprovar e dar os parabéns ao seu criador pelo mais do que original e espectacular trabalho:
www.cru-a.com).
Pois bem, hoje prosto-me aqui a escrever no seguimento de mais uma excentricidade minha (já não basta chamarem-me incongruente e eu ainda reforço tal denominação reconhecendo gostos à partida mais estranhos). Pois é meus caros amigos ando viciadíssimo em música proveniente do Médio Oriente, o räi, e a sua descendência mais mainstream (em alguns países porque aqui não me parece, lol) o räi'n'b. Vai daí que tenho gasto considerável tempo a procurar nesse maravilhoso mundo do
www.youtube.com músicas do género tendo dado de caras com um artista algeriano/francês que eu já gostava bastante mas a cuja música não havia ainda prestado a maior das atenções, o excelentíssimo Faudel. Pois bem, no decurso desta busca dei também de caras com artistas como Khaled, Cheb Mami, Natacha Atlas, etc., sendo que o principal objectivo das minhas buscas neste momento é deitar mão a discografia destes artistas (quem me puder ou souber de alguém que me possa indicar artistas deste género com boa música imploro que me digam). Sendo assim tenho andado completamente viciado e fixado em ouvir este estilo de música que cada vez gosto mais (ao contrário da minha mãe que nunca gostou e devido à insistência da minha parte em ouvi-la através do youtube cada vez gosta menos e chega a pontos que me quer bater).
Ora bem, retomando o título deste post desde que redescobri Faudel que me dei conta das letras do mocito (as quais as minhas primitivas bases em Francês ainda deixam entender, pelo menos de forma geral) e acho extremamente bonitas, havendo duas em particular que são verdadeiros hinos ao optimismo e ao gozar da vida. Pois bem, é uma destas letras que aqui pretendo partilhar (na versão original uma vez que ainda não tive tempo de traduzir, dado que algumas palavras requerem a consulta desse grande maluco: o dicionário). Sinceramente estou a atravessar uma fase em que devia acordar e debitar esta letra umas quantas vezes, qual Avé Maria ou Pai Nosso, para ver se conseguia levantar este ânimo.
Prolongando-me mais do que queria (e devia, digam lá se este texto não está apetitoso com tanta palavra) aqui têm a letra e...tentem traduzi-la ou peçam a alguém que vos diga mais ou menos o que é, acho que vale a pena. Basicamente é sobre querer viver para gozar tudo o que há de bom na vida e no Mundo, e sublinhando o último verso encarar a morte como algo que não consegue abalar aquilo que plantamos e semeamos em vida e que nos permite continuar a viver.
"Je veux vivre" - Faudel
Refrain:Je veux vivre, vivre
Bahri n'hich, n'hich
Je veux vivre pour manger touts les livres
Je veux vivre pour connaître les enfants
De mes petits enfants, pour atteindre 100 ans
Pour atteindre 1000 ans, pour être heureux et libre
Je veux vivre pour courir sur la grève
Je veux vivre pour embrasser mes rêves
Pour embrasser mes jours pour connaître l'amour
Et les heures qui enivrent, je veux vivre
{au Refrain, x2}
Je veux vivre toutes les joies de la terre
Je veux vivre et parcourir les mers
Je veux vivre pour sonner la planète
Sans en laisser une miette, je veux voir toutes les villes
Plonger de toutes les îles que leur ciel me délivre
{au Refrain}
Je veux vivre pour avaler le monde
Je veux vivre de mondes qui frissonnent
De milliers de pays de millions de personnes
D'un milliard de récit, je veux pouvoir les suivrent
Je veux vivre sans jamais m'assoupir
Je veux vivre sans jamais me trahir
Pour que chaque saison recolore mes passions
Pour dévorer le temps qui cesse de me poursuivre
Je veux vivre...Bahri n'hich...
Pour ce que lorsque la mort viendra me faire, un sort
Elle ne puisse jamais, jamais déraciner tout ce que j'ai planté
Tout ce que j'ai semé qui me fera survivre
(para o videoclip visitem:
http://www.youtube.com/watch?v=AIPiRSO4BFQ )
Grandes Abraços e queiram viver também ;o)
Feliz Ano Novo para todos
Que este seja um ano repleto de sonhos cumpridos, metas alcançadas e muita muita felicidade.
Abraços Grandes
Moulin Rouge (Enésima vez)
"Some people wanna fill the world with silly love songs...""Well what's wrong with that? I'd like to know..."No, really, what's wrong with that?
Abraços Grandes
Ingénuo
Se por ser sonhador, idealista e acreditar piamente no que defendo ainda que pareça a anos-luz de se tornar realidade tenho de aguentar ser chamado ingénuo que assim seja...podia ser pior e ao menos não me resigno a fatalismos pessimistas e que demonstram nenhuma fé no homem...pois se ela de facto não existir será difícil chegar a algum lado!
Abraços
O tempo que resta (Domingo)
Sinceramente, para este não consigo expressar-me sem continuar a comover-me.
Li numa crítica do Público que era seco (a crítica era positiva atenção) e um murro no estômago. De facto é-o. É uma reflexão simples mas pungente, comovente mas não lamechas, sobre a vida e sobre a morte, e sobre o tempo que resta...
É complacente com a raiva, com a tristeza...com todos os sentimentos possíveis de surgir... Aliás, a personagem principal cresce ao longo do filme, construindo a simpatia quando está prestes a terminar... Foi um filme que se repercutiu em mim, que urge a nós tomarmos conta do que temos, resolvermos o que temos por resolver e gozar o que nos é concedido, não tomando a vida como algo garantido e invencível.
É um filme sobre a vida...simples como ela pode ser no meio de uma complexidade de emoções.
É algo que eu não posso descrever porque me vejo limitado em palavras. Se calhar quem viu acha que eu exagero...se calhar, mas eu sou assim.
Recomendo, recomendo, recomendo e recomendo.
The Edukators (Sexta-feira)
Epá!!!!!! Grande grande filme. Idealista que até ferve...e revi-me tanto nele que até dói.
Excelente. Palavras certeiras e ideais idênticos, só me ocorre isto...
Transcrevo duas frases que são ditas:
"Não interessa quem fabrica a arma mas quem puxa o gatilho"
"Quem não é liberal até aos 30 não tem coração...quem é liberal depois dos 30 não tem cérebro."
Extremamente actual, confronta-nos com a realidade mas a mim deu-me força para continuar a acreditar...se assim não for o que será de mim?!
Estou sinceramente edukado e quem me dera conseguir edukar assim...
Adorei a estória dos três amigos...I'm a sucker for love stories.
Abraços Grandes
Um longo domingo de Noivado (Quinta-feira)
Palavras para quê?!? Eu tenho uma paixão pela Audrey Tautou!
Já tinha lido o livro deste filme (que recomendo mesmo muito porque é um livro muito muito bonito e rico no que respeita às suas personagens e vivências, achei mesmo exemplar).
O tratamento da estória no filme tem umas pequenas nuances que o tornam mais leve e mais fácil de transpor, mas nem por isso lhe tiram a beleza. Obviamente as personagens não estão tão bem exploradas, mas não há tempo por isso a personagem principal é mesmo e só as três letras MMM (Manech aiMe Mathilde) e a sua força e perseverança. A ligeireza de alguns momentos dá-lhe um toque de mestre e torna a estória mais agradável e menos tormentosa como eu achei ser a do livro. A componente de estória de detectives acaba por não ficar muito bem explorada e desenvolvida mas não seria de esperar outra coisa.
Audrey Tautou ao rubro. Vejam esta estória de quem leva a fé no amor até às últimas consequências...mesmo quando as coisas mais simples a parecem querer desiludir ("Se eu chegar à curva antes do carro ele volta vivo!").
Muito muito bonito (visualmente também)
Abraços grandes
Brick (4ª feira)
Na maior caga de todos os tempos, fui à borlix ao cinema porque me deram assim do pé para a mão um convite para esta ante-estreia (para a qual eu tinha concorrido na net mas tinha ganho apenas juízo) que por acaso era de um filme que eu queria muito ver.
Pois bem...o filme? Estória de detectives num secundário. Cépticos, não estejam. Sinceramente, ouvi dizer uma pessoa que estava exagerado...poderá estar, mas não sei se assim tanto. Desengane-se quem pensa logo em Morangos com Açúcar porque disso não tem nada. É um filme violento, com uma trama extremamente adulta e agressiva, bem negra, e que lida com problemas que acho que devem ser bem reais. No fundo, é a estória de um rapaz (Joseph Gordon-Levitt muito muito bem...lembram-se do 3º calhau a contar do sol?!) que recebe um telefonema da ex-namorada (que ele não consegue esquecer) a dizer que está metida numa grande alhada, para logo aparecer morta num beco. O rapaz entra então nos meandros dos estupefacientes, com uma determinação, resistência e sentido de humor admiráveis, prontinho a decifrar o que aconteceu para ali.
É um muito bom bocado. O argumento está muito fixe, desenrola-se bem, tem boas interpretações e personagens apelativas e um excelente sentido de humor (para mim a imagem de um candeeiro de mesa num carro com o abat-jour a balouçar com o andamento daquele ficar-me-á eternamente gravada na memória) e é um óptimo filme policial.
A vida secreta das palavras (3ª feira)
Diferente, é o que eu posso dizer deste filme que não deixei de achar bonito. Nem sei bem o que dizer, ressalvo apenas que amei o trabalho da Sarah Polley e achei que o Tim Robbins estava muito muito bem.
Cheguei ao fim a pensar que de facto as palavras escondem segredos, e que às vezes só complicam.
Quem gosta de cinema assim mais alternativo aconselho....aos outros...só se estiverem com curiosidade,lol.
Abrações Grandões
The Departed (Segunda-feira)
Ora aqui está um filme que tira do sério qualquer pessoa! Já tinha visto o original e, de facto, a premissa é extremamente original por isso fiquei um pouco desconfiado quando comecei a ouvir falar de um remake em hollywood. Depois soube que ia ser realizado pelo conceituado Martin Scorcese, e protagonizado por um vasto leque de grandes actores...foi o suficiente para o querer ir ver (juntando a que tinha visto algures que o final é diferente do original...e, de facto, é, sendo o original mais suave, embora não menos inesperado).
Pois bem, tendo mais uma hora de filme que o original vê-se de tudo...sangue, tiros (muitos), algum sexo, etc. Mas o que é certo é que deixa-nos agarrados à cadeira, não só devido à intriga mas também (e aqui falo por mim) pela magnitude das interpretações. É um filme que flui bem devido aos momentos de acção e mesmo à complexidade da trama. Alguns pormenores são geniais...alguns diálogos são muito cómicos (e viva o Alec Baldwin e o Mark Wahlberg), e resumindo é um grande filme.
Sinceramente atrevo-me a recomendar a toda a gente, porque vale mesmo a pena. Eu saí do cinema sem ser capaz de apontar o dedo a nenhum dos protagonistas no que respeita à sua prestação.
Muito muito bom...vejam os dois, original (mais suave e sentimental) e este (mais americanizado e violento mas com muito muito estilo).
Abrações Grandes
Desengane-se....
...quem pensa que eu só voltei a ver filmes esta semana desde o anterior que comentei...Era o que faltava!!! Alguma vez na vida?!?!
Só vou é comentar estes porque estão fresquinhos...e foi praticamente um por dia esta semana...tenho a barriguinha cheia.
Abraços Grandes
Little Miss Sunshine
Simples, enternecedor, hilariante e absolutamente tocante.
A prova viva de que a vida nem sempre dá filmes com argumentos muito complexos e cheios de reviravoltas. Muitas vezes é no mais simples que se descobrem as emoções e nos emaranhamos nas teias dos sentimentos.
Vale mesmo a pena ver...e cá para mim vale mesmo a pena rever...vezes e vezes sem conta.
Grandes actores num filme de uma grandeza transcendente advinda da sua simplicidade tão profunda.
Abrações Grandes