domingo, março 26, 2006

Carta de amor...3

É nas pequenas coisas que te aprecio. É nas infinitudes mais insignificantes que és quem és, e me conquistas sem piedade. É no teu piscar de olhos que vejo o teu brilho, é no teu sorrir que te vejo reflectida verdadeiramente. Olho para dentro, inseguro, assustado com o que sinto, com o que provocas em mim. Sinto o tremor nas pernas quando estou contigo. Sinto-me uma criança inexperiente, sem saber lidar com o que se passa cá dentro. Sei-te longe, convenço-me disso para não vacilar, para não subir alto demais sem a segurança de ter os teus braços a amparar-me e a levar-me mais alto. Ainda assim...sinto por ti, provocas um tumulto em mim. Um revolver interior tão doce quanto amargo, aquando da tua despedida. Aquando da distância entre ambos e do irremediável sentimento de só te poder ter, sem realmente te tocar.


Abrações Grandões

Carta de amor...2

Um mísero olhar deixa-me despedaçado, imerso em desejo, amor, preso neste turbilhão de sentimentos. Palpita-me cada veia (sinto-as ao longo do corpo) ao compasso da tua voz, da tua respiração. Sentindo-te junto a mim mergulho num mar calmo e flutuo envolto na espuma das pequenas ondas que varrem a areia.
Um vapor de luz irrompe dentro de mim e aquece-me, alegra-me, enternece-me, deixa-me sonhar por momentos que te tenho e tu me tens a mim. Sinto a explosão iminente dos meus sentimentos vibrar e ansiar na garganta, presa pelos meus lábios fechados. Hesito em deixá-la sair, mas algo me impede...(o que seria de nós se eu deixasse?). É então que te vejo virar costas, ir embora, agarrando ferozmente o meu coração sem o saberes. Levando-lo contigo incauta, ignorando o que arrastas contigo.
Viras-te ainda para sorrir, mas não me olhas o suficiente para te veres reflectida na lágrima que o meu corpo exala, saudoso do seu coração que o abandona.

Abrações Grandões

sábado, março 18, 2006

Estou apaixonado...

Ela chama-se KT Tunstall e canta uma música que mexe comigo de uma forma que há muito nenhuma música conseguia. Consegue-me dar a volta por cima das coisas e sentir-me leve e bem disposto...ultimamente preciso muito disso. Aqui fica a letra porque a música, infelizmente, não a consigo pôr aqui (por enquanto, porque vou continuar a tentar eheh, :o)
"Suddenly I See"
Her face is a map of the world Is a map of the world
You can see she's a beautiful girl She's a beautiful girl
And everything around her is a silver pool of light
The people who surround her feel the benefit of it
It makes you calm
She holds you captivated in her palm
Suddenly I see
This is what I wanna be
Suddenly I see
Why the hell it means so much to me
I feel like walking the world Like walking the world
You can hear she's a beautiful girl She's a beautiful girl
She fills up every corner like she's born in black and white
Makes you feel warmer when you're trying to remember
What you heard
She likes to leave you hanging on a wire
Suddenly I see
And she's taller than most
And she's looking at me
I can see her eyes looking from a page in a magazine
Oh she makes me feel like I could be a tower
A big strong tower
She got the power to be
The power to give
The power to see
Suddenly I see

Curiosamente faz-me lembrar que estou mesmo apaixonado!!lolol
Abraços Grandes
P.S. desculpem o desabafo algo piroso

terça-feira, março 14, 2006

Sou...

...o reflexo de quem amei
...o reflexo do que vi
...o reflexo do que ouvi
...o reflexo do que senti
...o reflexo do que vivi
...o reflexo de quem amo
...o reflexo do que vejo
...o reflexo do que ouço
...o reflexo do que sinto
...o reflexo do que vivo

...serei alguma vez mais do que um pedaço de rocha erodida pelo tempo, pelo vento da vida, pela chuva dos sentimentos? Serei algo mais do que um vagabundo incapaz de se encontrar a si próprio, chorando e rindo aos cantos, ou apregoando ao mundo a sua confusão?

Abraços Grandes

Carta de amor...

Escrevo-te isto porque sei que não vais ler, porque sei que não vais roubar tempo precioso à tua vida para mergulhares nas minhas palavras e no que com elas pretendo dizer-te. Olho-te todos os dias de forma diferente. Consigo a proeza de encontrar de cada vez pormenores diferentes nos quais me perco sem rumo, e passo horas a fio a contemplar. O brilho dos teus olhos, a forma como a íris deles dança na luz, a tonalidade da tua pele, o reflexo da luz na beleza do teu sorriso…podia continuar, mas sou parco em palavras quando o que pretendo transcrever as transcende.
Apetece-me acariciar-te a pele, sentir nas minhas impressões digitais os poros por onde emanas a luminosidade, de onde sai o brilho que transpiras. Apetece-me abraçar-te no quente dos meus braços, manter-te em segurança, arranjando pretextos para dissimular o facto de te querer só para mim. Apetece-me sentir o rubor dos teus lábios nos meus, sentir um pouco da vida que ecoa nas tuas gargalhadas, nos teus risos e sorrisos, na tua voz. Queria ter a coragem de te falar olhos nos olhos. Confrontar-te (me) com aquilo que sinto, aquilo que pulsa nas minhas veias e dispara o meu coração quando te vê…nem que seja em sonhos. Queria conseguir dizer-te tudo o que me percorre a alma, o coração, o meu ser. Aquilo que fervilha no meu sangue e anseia por transbordar, por ser exalado num suspiro de coragem.
Olho-te por entre a multidão e sobressais. Olhar-te alivia-me do peso de uma noite mal dormida, de um cansaço acumulado, de qualquer preocupação. Tudo isso para logo me encher o peito de angústia por te ver tão longe, intocável ao alcance do meu coração. Quero conseguir esticar os seus braços e mostrar-te o que vai cá dentro, mas o medo de te afugentar persiste e toma conta de mim. Dou por mim a imaginar-me envolvido em ti, aquecendo-te com os meus sentimentos, com todo este amor que tenho para dar, que anseia tanto por se expressar.
A tua presença ilumina todos os momentos, mas também torna a tua ausência numa noite escura, num breu impenetrável de saudade e tristeza. Confusão e desejo, lágrimas e secura. Afogo-me em nuvens negras que brotam de mim e que se recusam a formar qualquer padrão, qualquer imagem que aluda ao que querem dizer. Nem uma simples imagem para me iludir e me confortar com algum tipo de clareza. Sou deixado no vazio, na escuridão de mim sem ti, do meu coração sem te sentir perto.
Assim passo os dias. Habituamo-nos a estas vicissitudes. Conseguimos com o tempo encontrar algum conforto no que nos falta. Ainda assim é tão difícil. É tão triste este sentir, este não te ver reflectida em mim…apenas uma imagem distante que consigo vislumbrar ocasionalmente mas da qual não tenho qualquer segurança, nada onde me agarrar, onde me apoiar neste voo sem asas. A certeza da queda acompanha-me sempre…mas também sempre acompanhou. Sempre arrisquei voar sob o vazio, mesmo conhecendo-o, esperando-o. Arrisquei…nunca foi mais do que isso. Tantas quedas e ainda assim me lanço a tão grandes altitudes…

Desculpem o tamanho, mas é proporcional à sinceridade
abrações grandões

segunda-feira, março 06, 2006

Cada vez mais...

...compreendo que hei-de ser incompreensível para mim próprio até ao fim dos meus dias.
Abraços
....há demasiados nós irreversíveis nos fios do meu ser.

Já alguma vez...

...se olharam no espelho e viram um estranho, alguém que mudou tanto que (quase) se tornou irreconhecível? Tomaram consciência do passar do tempo? Na erosão que a areia do tempo fez sobre os vossos traços, as vossas personalidades, os vossos pensamentos, e sentimentos?
Já alguma vez se olharam no espelho e se sentiram incertos sobre se realmente se tornaram no que queriam e pensavam vir a tornar-se?
Abraços

Mais uma tentativa...

...falhada.

O que escrever...

Quando me sento com o intuito de escrever um post, auguro sempre conseguir Aquele texto, Aquelas palavras que espelhem tudo aquilo que me vai na alma. Anseio conseguir tocar as pessoas partilhando um pouco de mim. Escusado será dizer que de todas as vezes os textos ficam milhas aquém do que eu pretendia que fossem. Com tudo aquilo que sinto, com todas as peculiaridade que me compõem gostava de ser mais expansivo e certeiro nas palavras que escolho. Quero sempre conseguir escrever Aquele texto que exale o que me vai na alma, no coração, que consiga em poucas palavras dizer o que sou, para poder partilhar-me convosco, para poder saber se sou tão estranho quanto me julgo, ou se há alguém que se revê no que eu mostro de mim.
O eterno lugar comum de dizer que as palavras não chegam, e são insuficientes, surge sempre em mente quando se trata de conseguir ir ao fundo da questão, neste caso de mim, dos meus sentimentos, pensamentos e reflexões. Mas cada vez mais creio que é inevitável recorrer a ele. É um lugar comum para o qual todos os caminhos vão dar...nem que seja de passagem.
Assim tento sempre alcançar aquilo que à partida sei ser inalcançável...a transparência nas letras que transcrevo que vos permita aceder à minha forma de ser e de ver tudo e todos. Ainda assim tento, esforço-me porque gosto de escrever, e tanta coisa me passa pela cabeça e pelo coração que muitas vezes sinto que, independentemente da forma ou qualidade, tenho de o fazer, pois se o não faço corro o risco de transbordar.
Por isso é com toda a sinceridade que agradeço a todos os que, nem que por uma única vez, visitaram, ou venham a visitar, este canto e leram aquilo que tenho vindo a partilhar. Com mais sinceridade ainda agradeço os comentários, elogios ou críticas que foram feitas, ou possam vir a ser feitas ao que escrevo.
Talvez este seja um "egocêntrico local sagrado", espelho da "melancomicidade humana", mas é um local onde me posso mostrar, escondido de olhos perscrutantes a salvo de qualquer expressão que me revele o que pensam do que estou a dizer. É um local onde verte a minha necessidade de extravasar e explodir deixando os estilhaços à vista de todos, ao invés de me cortar com eles escondido de olhares alheios. Daí que peça desculpa pelos incompreensíveis desabafos que fiz e que possa vir a fazer. Mas são eles que representam uma parte de mim, mais tímida do que eu, que se recusa a mostrar à luz e que no escuro me suga energia.

Um grande grande abraço para todos
P.S. Gonçalo, se leres isto, não interpretes mal a minha citação, não o fiz com qualquer intenção de julgar ou criticar, simplesmente me limitei a utilizar as tuas palavras, um abraço :o)

quinta-feira, março 02, 2006

Jem - "24"

Been given 24 hours
To tie up loose ends
To make amends
His eyes said it all
I started to fall
And the silence deafened
Head spinning round
No time to sit down
Just wanted to
Run and run and run
Be careful they say
Don't wish life away,
Now I've one day
And I can't believe
How I've been wasting my time
In 24 hours they'll be
Laying flowers
On my life, it's over tonight
I'm not messing no I
Need your blessing
And your promise to live free
Please do it for me
Is there a heaven a hell
And will I come back
Who can tell
Now I can see
What matters to me
It's as clear as crystal
The places I've been
The people I've seen
Plans that I made
Start to fade
The sun's setting gold
Thought I would grow old,
It wasn't to be
And I can't believe
How I've been wasting my time
In 18 hours they'll be
Laying flowers
On my life, it's over tonight
I'm not messing no I
Need your blessing
And your promise to live free
Please do it for me
In 13 hours they'll be
Laying flowers
On my life, it's over tonight
I'm not messing no I
Need your blessing
And your promise to live free
Please do it for me
I'm not alone, I sense it, I sense it
All that I said, I meant it, I meant it
And I can't believe
How much I've wasted my time
In just 8 hours they'll be
Laying flowers
On my life, it's over tonight
I'm not messing no I
Need your blessing
And your promise to live free
Please do it for me
In just 1 hour they'll be
Laying flowers
On my life, it's over tonight
I'm not messing no I
Need your blessing
And your promise to live free
Please do it for me

Enjoy life to the fullest...this is the olnly chance you've got ;o)
Abrações Grandões