sexta-feira, janeiro 28, 2005

A nova moda...

Também eu já aderi à moda do Hi-5. Não é grande coisa, mas no outro dia, ao ver os amigos de um amigo de um amigo (acho engraçado ir até onde posso,lol) descobri o profile do meu melhor amigo no 7º ano, que não vejo há uns bons três ou quatro anos e as últimas vezes que o vi foi só olá tudo bem. Não pude evitar de esboçar um sorriso mas com alguma nostalgia agarrada. Tão próximos que éramos e tão distantes estamos hoje...Eu sei, os amigos vão e vêm, especialmente nestas idades (como eu rezo todas as noites para que os meus amigos de hoje não se vão...), mas não consegui deixar de me sentir...triste, ou melhor emocionado quando me lembrei das galhofeiras todas que fazíamos. Sendo eu quem sou e como sou, acreditem que um melhor amigO (especialmente naquela altura) era algo muito difícil.
Olhei, descobri que agora está na Força Aérea, e senti-me tentado a deixar um testemunho (testimonial) ou mandar uma mensagem, mas não consegui. Nem foi por não ter o que dizer, por acaso sabia o que escrever...mas não fiz porque não sei o que ele iria pensar de mim (ou sequer se iria reconhecer-me), provavelmente que eu estava alterado (lol) ou parvo. Mesmo que não falássemos mais, era engraçado...ou não?! Seja de que maneira for senti-me nostálgico e com saudades daqueles tempos.
Talvez quem sabe eu ganhe essa coragem e ponha o coração ao largo, e pergunte simplesmente se se lembra de mim, e diga que fiquei contente por tê-lo descoberto ali. Não precisava de responder (seria o mais certo)...
Chamem-me lamechas ou exagerado...mas é mais forte do que eu...não consig esquecer assim as pessoas.
Abrações Grandões

Invisível

Eu tentei agarrar mas não alcancei
Mesmo não vendo, ainda assim tentei
Uma mão pairando num vazio
Que me deixa desamparado neste frio
Mesmo com um grito cortante de desespero
Não desarma a altivez com que me encara
Não vejo mas sinto-a afastar-se de cada vez
Que me tento amparar, virando-me a cara
Procuro o seu inóspito e invisível calor
Tento abraçar quem me estende a mão
Mesmo sem saber quem me fita
Sei que não me ajuda a levantar do chão
Deixa-me abandonado, desamparado
Só com as minhas lágrimas amargas
Que pouco conseguem contra a minha sede
De conseguir alcançar quem me impede
Em vão tento fitar bem dentro dos olhos
De quem não consigo ver, quem não me olha
Apenas da presença que sinto em meu redor
Que sabe da inutilidade de todo o meu amor
Mas ninguém mais tenho a quem o dar
Ninguém nunca sequer de lado o contemplou
Nem sequer para o tentar afastar
Pois nunca ninguém sequer alguma vez me amou
Confinado a fantasmas, que mesmo assim
Me rejeitam a réstia de esperança em amar
Fantasmas que sequer olham para mim
Ou sequer a mão me oferecem a dar

Tem estado muito sol...mas temo que as nuvens estejam a regressar em mim
Abrações Grandões

Boa viagem Ana Elisa

Pois é...Estes dois anos de curso têm aproximado a faculdade a uma estação de comboios, em que quando chegam uns, vão-se embora outros. E, precisamente nesta altura, é isso que vai acontecer, vêm uns, mas já há quem esteja para ir embora. Custa a quem cá fica por se ver privado dos que mais gosta, das pessoas a que está habituado que o rodeiem, cujas vozes está habituado a ouvir no bar ou nas aulas, e cujos sorrisos está habituado a corresponder quando os vê. Custa sempre um bocadinho...mas é tão bom ver alguém assim tão feliz.
Pois bem, desta feita é o conhecido bicho da escrita que vai voar até Pádua (para se juntar ao seu patavino). Apesar de já saber que vou ficar cheio de saudades (é sempre assim, porque se sabe que a pessoa está longe) das coisas que me faz mais feliz é sabê-la tão feliz também por dar este passo e viver essa (grande) experiência de vida que também eu gostaria de ter coragem de fazer. Sei que vai correr tudo bem, e que vais voltar com milhões de estórias para contar e com o brilhozinho nos olhos e no sorriso (estilo colgate), cheia de vontade para lá voltares. Sendo algo que precisas, decerto vais voltar com o espírito cheio de novas ideias, novos pensamentos e aventuras, que espero tenhas vontade de depois partilhar connosco.
Nestas coisas não sou lá muito bom, nunca saem as palavras que eu queria, e nunca consigo transmitir tudo aquilo que quero. Mas, acho que tenho vindo a transmitir de há uns tempos para cá, desde que falamos mais (bendito sejas Msn!Em nome da Microsoft, do Windows e do Msn Messenger, Ámen).
Queria só deixar aqui uma mensagenzita de força, para desejar boa viagem e para dizer que, apesar das saudades que vão encher o coração assim que abrires as asas, vai haver sempre o brilhozinho nos olhos e o sorriso sincero de te saber tão feliz.
Muitos beijinhos muito grandes

Abrações Grandões :)

Relatório de filmes...

Pois bem meus amigos, como cinéfilo viciado que sou, já devem estar a estranhar eu não falar de nenhum filme. Por essa mesma razão, vou escrever aqui a minha opinião acerca dos 4 filmes que vi desde a semana passada (3 no cinema, 1 em casa):
Cinema:
Feira das Vaidades ("Vanity Fair")- filme engraçado que dá para passar o tempo. A estória é gira, os cenários e o guarda-roupa são espectaculares, e temo bem que seja a melhor interpretação que já vi de Reese Witherspoon. Não é bem bem uma estória de amor, mas ela anda lá à mistura.
Vamos Dançar ("Shall we dance?") - muito muito divertido. É melhor do que eu esperava. É mesmo muito engraçado e surpreende porque não cai no cliché do romance. Até eu saí do filme com vontade de aprender a dançar...é mesmo muito giro e quem se quer entreter um bocadinho e dar umas gargalhadazinhas entre sorrisos é o filme indicado.
O Maquinista ("The Machinist") - Cheguei há pouco do cinema e...que posso dizer. No mínimo (muito) perturbante. É um muito bom filme do género. É o melhor para quem gosta de filmes que consigam a proeza de dar nós no cérebro das pessoas. Isto é, as coisas parecem, mas depois algumas são e outras não são, e outras nem sequer chegaram a parecer...acho que me estou a fazer entender. O tom do filme, seja da estória, interpretações, seja mesmo da luz, é extremamente escuro e um bocadinho enervante e mesmo incomodativo. Christian Bale está....irreparável, para além de fazer um papelão excelente (ele está cinco estrelas no papel principal), só o facto de ele estar anoréctico (MESMO!Nunca pensei que ele estivesse tão magro...nem dá para explicar, só vendo) já contribui para dar "cor" (no sentido metafórico, e então neste filme mais do que nunca) ao papel. O filme retrata na perfeição a paranóia da personagem, o que faz com que seja aflitivo e enervante ver o filme. Mas vale muito a pena ir ver. Eu ia à espera de uma coisa mais violenta em termos de imagem, e encontrei uma coisa que acabou por ser mais violenta psicologicamente, devido ao enredo, personagens, cenários, mas não saí desiludido, sim surpreendido.
Aluguer:
Tirar Vidas ("Taking Lives") - é um bom thriller, e ainda bem que esperei pela chegada aos clubes de vídeo. Apesar de parecer imprevisível em alguns momentos, torna-se prevísivel, embora depois no fim haja uma reviravolta interessante (o que salva um pouco o filme, porque senão...). De qualquer das formas, achei o enredo tratado de uma maneira muito superficial...não sei...faltava ali qualquer coisa (digo eu). Mas é um filme giro, bom entretém.

Parece-me que é tudo. Como é óbvio as minhas opiniões são as menos fiáveis de todas, porque quem me conhece sabe que eu gosto de todos os filmes que vejo,lol, mas acho que sei apontar alguns defeitos...Não sei se vão prestar alguma atenção mas olha, eu cá gosto de comentar os filmes que vejo.
Abrações Grandões

quarta-feira, janeiro 26, 2005

Poemazito que encontrei

As you stood there, staring at my yearning face
As I reviewed memories that never were, therefore impossible to erase
Your eyes entered mine in a blurry, undecifrable image
As much as I would try to, it wouldn't stay clear
Maybe from the distance I couldn't see you well from here
I attempted to scream your name, yet it vanished from my mind
So I tried to beckon you towards me in any way I could find
Grains of sand must've entered my eyes, as I felt a tear rolling down
And a shadow overtook my face cause I couldn't smile away the frown
Yet I tried to reach you, but you still seemed unaware
Of my efforts, of my desperate calling, acting like I wasn't there
And voices echoed in my head, you don't deserver her, and it isn't fair
Leaving me confused, dazed, trying to put down my pursue
Which had no goal other than at least be able to distinguish you
And still you ran, as if afraid of my me, my feelings screamed
In a hopeless and angered, ever so frustrated unendindg call
I was becoming overwhelmed and overcome by the fear that no one was there at all
(Não me lembro do autor, sorry)
Abrações Grandões (tenho que ir trabalhar, salvar uma organização,lolol)

domingo, janeiro 23, 2005

Isto há coisas...

Nestes últimos dias tenho-me andado a aperceber de uma coisa engraçada, ao estudar para a cadeira de nome (pomposo) "Comunicação em Consulta Psicológica" as várias respostas que se podem dar na consulta. Não é que me parece que a Consulta Psicológica é muito como a Comédia, em particular a Stand-Up Comedy...o TIMING do que se diz é tudo!
Abrações Grandões
(que isto não seja compreendido como algo pejorativo, porque eu gosto muito daquilo que estou a estudar!lol!)

sábado, janeiro 22, 2005

Outra parvoíce...

Parece que a tradição de soprar o vidro já não é o que era. Parece que o método mais rústico vai definitivamente ser substituído por máquinas de vento...especialmente nos países de língua inglesa.
E perguntam vocês porquê? Simples, e parvo, meus caros amigos, porque os trabalhadores desses países estão fartos que os mais maldosos se refiram ao trabalho deles como um "blow job". Impressionante......
(E terrivelmente estúpido não é? Ando cada vez pior!!!)
Abraços Grandes

sexta-feira, janeiro 21, 2005

A minha vida dava vários filmes...ou se calhar sou eu que gostava que desse...

Pois és...vocês que me lêem (e penso que mais ainda quem me lê e lida comigo ao vivo) sabe que eu tenho umas certas pancadas que, de facto, já se mostraram ser irreversíveis pelo que a esperança de cura não é das melhores...
Pois bem, a minha mente não pára um segundo, e eu estou constantemente a magicar coisas que não lembram a ninguém (literalmente, porque quando eu falo nisto a alguém ou recebo gargalhadas ou olhares do género:"Ãhn?Mas o que é que tu estás a dizer meu destravado de um raio, que não dizes nem pensas nada que jeito tenha!"). Admito que tenho uma imaginação algo fértil, principalmente porque é dia de colheita todos os dias. Dada a minha fixação por filmes e música já estão a ver o que vai sair não é...?
Muitas vezes dou por mim a imaginar seguimentos de dadas situações como se fosse num filme, ou seja, imagino-me com as pessoas que estão ao meu lado nas mais variadas situações, seja num filme de terror, seja de acção e nós somos o grupo de heróis, seja de ficcção científica, seja um daqueles filmes cuja estória são basicamente as conversas de um grupo de amigos com os seus dramas, risos e peripécias. É verdade...o caso é assim tão grave!!
O mais caricato é que também montes de vezes imagino a possível banda sonora, a música perfeita para cada cena. Ou então, estou mesmo em dada situação (quer seja numa de reflexão, quer seja de cowboyada com alguém) e surge-me sempre uma música que servia perfeitamente para ser ouvida através de uns altifalantes nas nuvens por cima das nossas cabeças (Era giro não era?! Se tivéssemos direito a banda sonora com a vida?). Ou acontece mesmo por exemplo, estar a ouvir uma música com alguém ou mesmo sozinho que se encaixa perfeitamente ao ambiente daquele momento...
Eu sei, por esta altura estão com a sobrancelha arqueada a olhar com desconfiança para o monitor e a pensar: "Bolas, sempre pensei que ele era apanhado, mas nunca pensei que ele nem sequer teve oportunidade de começar a fugir!" ou mesmo "Deus não só escreve direito por linhas tortas, mas não venham com coisas, que Ele às vezes escreve torto e ainda por cima fora da folha".
Pois bem, acreditem que é verdade. Como eu estava roidinho por escrever qualquer coisa, resolvi escrever isto, o que provavelmente diminuiu em muito a vossa vontade de voltar a este blog.
Ainda assim...Abrações Grandões
(agora por acaso estou a ouvir Vangelis, por isso devia ter escrito um texto de propaganda política a fazer campanha por um qualquer partido para me adaptar à banda sonora)

segunda-feira, janeiro 17, 2005

O Corpo

Ultimamente tem-me dado para reflectir sobre o Corpo. Não só porque é o tema recorrente nas reuniões do grupo de teatro, mas é já uma coisa que me tem andado na cabeça. Cada vez mais estou, e esforço-me por estar em harmonia com o meu corpo, cada vez mais me tento descobrir e conhecer os limites do meu corpo, e as suas potencialidades. É para mim importante hoje em dia, que o espírito esteja em sintonia com o corpo. Sempre fui uma pessoa de complexos, e de alguns anos para cá ainda mais, mas hoje em dia tento olhar para o meu corpo de forma diferente, explorá-lo, às suas particularidades, às suas possibilidades. Tento tomar consciência daquilo que o meu corpo me permite, aonde posso chegar com ele, e nas infinitas metas que posso alcançar unificando-o com o que creio ser a minha alma, ou pensamento, como preferirem.
Para mim quando se fala em Eu está englobado o corpo e a alma. O corpo é algo de indispensável para expressar essa alma, para nos darmos a conhecer e podermos conhecer os outros. Creio ser indispensável para que uma pessoa possa afirmar que se conhece, que conheça o seu corpo. Mas não digo o corpo como uma mera entidade física, digo sim o corpo enquanto instrumento e parceiro do espírito e do conhecimento. Para mim o corpo é muito mais do que se consegue ver numa primeira instância, é algo que o próprio vai conhecendo gradualmente, se se explorar e analisar, e que os outros só conhecem se a pessoa assim o quiser. Para mim, entregar-se de corpo e alma, como se costuma dizer, é a condição essencial para que se conheça o corpo de alguém, sendo que é impossível conhecer o corpo dissociado da alma, do significado que assume e que é assim partilhado. Escusado será dizer que acho que o conhecimento da alma beneficia muito também desta partilha das duas entidades em conjunto, embora, como é óbvio a alma se dê conhecer sem implicação directa do corpo. Digo directa porque o que se conhece não deixa de ser a alma associada a um corpo, a expressões corporais, tiques, movimentos, sorrisos, esgares, toques...E digo mesmo que a alma da pessoa se pode até expressar e dar a conhecer melhor quando essa pessoa conhece o seu corpo e atinge o equilíbrio e harmonia entre os dois.
Pode parecer parvoíces tudo o que acabei de escrever, mas se temos um corpo, qual o objectivo dele senão o de se tornar uno e incorporado como quem o habita?
Abrações Grandes, desculpem a falta de clareza, mas deu-me uma vontade enorme de partilhar.
:) :) :) :) Abraços

terça-feira, janeiro 11, 2005

Deus

Quem me conhece sabe que eu sou religioso à minha maneira e que me considero cristão mas não católico (ou seja, não concordo com a grande maioria das ideias da igreja) e acredito que Deus é uma entidade que quer é que vivamos ao máximo e aproveitemos as nossas potencialidades, desde que não ofenda ou faça mal ao próximo. Talvez seaja por isso que me coloco algumas questões entre elas por exemplo: "Se Deus não quisesse que o Homem tivesse prazer no acto de copular porque é que quando o homem ejacula (passo chave na reprodução) tem um orgasmo e porque é que a mulher tem clitóris?". Por certo esta pergunta pode parecer-vos algo absurda, mas para mim faz todo o sentido colocá-la. A outra pergunta pode ser algo controversa, mas a mim sinceramente a resposta não vai afectar a minha fé, seja qual for continuo a acreditar em Deus, e em tudo aquilo que eu penso ele representa: "Se o Homem não é perfeito e Deus criou-o à sua imagem, pode afirmar-se mesmo que Deus é perfeito?" Se calhar já se fizeram esta pergunta mil vezes, mas eu decidi-me a escrevê-la aqui. Espero ter-vos feito pensar...se não, ao menos deram uso aos olhos, dah :P
Abrações Grandões

Á procura da Terra do Nunca

O filme é magnífico, muito muito bonito e enternecedor. Fez-me pensar em como quero ficar criança para sempre, e quero viver para sempre no mundo que sai da minha imaginação. Parece impossível, mas eu acredito...aliás é mesmo isso...só é preciso acreditar. E como eu acredito...por favor acreditem também!!!
Abrações Gigantes (e um beijito especial para o bicho da escrita);)

sábado, janeiro 08, 2005

Estupidez atrofiada (ou o Trocadalho do carilho)

Michael Jackson quando era pequeno dormia no quarto com um dos irmãos. Quando este não estava costumava convidar amigos para irem lá dormir e, benevolente que era (sempre foi muito boa pessoa) quando o amigo chegava com a sua mochila, Michael punha-se à porta e apontando para as duas camas perguntava convictamente ao amigo: "Whose bed?!" - repararam no trocadilho foleiro?
Estúpido não é?
Abrações Grandões

Mails porcos

Sou só eu ou mais alguém recebe mails deste género:
De: Oscar McAllister Assunto: Impress your girl with a huge cumshot!
????
Abrações Grandões

sexta-feira, janeiro 07, 2005

História parva : "O Cruzeiro"

O cruzeiro era bestial. Ele estava contente, tinha acabado de marcar um encontro para a noite. A festa de Boas vindas ao Verão era a ocasião especial para se aprumar todo e mostrar-se bem bonito...ou melhor, mostrar-se. O que é certo é que a rapariga com quem tinha combinado encontro era uma amiga de um amigo, que tinha sugerido o seu nome como par para a festa. Tinha-a visto durante a tarde, mas a rapariga mal lhe falou, provavelmente porque se tinha assustado com o rosto branco e cadavérico dele...logo tinha que ter calhado quando ele estava com um escaldão enorme e tinha besuntado de creme todos os poros de pele da cara, e mesmo assim muita sorte tinha tido ela por não o ter visto na altura em que tinha duas palhinhas enfiadas no nariz para respirar, tudo porque tinha abusado na quantidade de creme e enfiara duas "nozes" de creme para dentro das narinas e cada vez que mexia iam mais para dentro e mais difícil era para ele respirar. Passavam uns míseros cinco minutos desde que ele acabara de se besuntar novamente depois de ter lavado os cinco centímetros de espessura de creme da primeira aplicação. Ela tinha aparecido resplandecente, a brilhar...uma beleza ofuscante, literalmente. Mesmo com os óculos ele tinha-se encandeado com a luz precisamente porque ela apareceu do lado do Sol, e só nós últimos segundos antes de ela se ir embora é que ele teve um vislumbre rápido da cara dela. Era uma mulher, isso podia ele afirmar com certeza, o resto logo se via...ao menos era um par. Mesmo que ela tivesse ficado impressionada com o aspecto esbranquiçado dele e com o facto de ele ter grunhido em vez de falar (uma grainha de uva da salada de frutas tinha ficado atravancada na garganta precisamente no momento que ela aparecera e ele metera uma uva à boca).
Ia agora lampeiro para o quarto, com o seu andar de gingão, de perna aberta. A perna aberta até era mais por causa do escaldão nas virilhas e nos...tomates. Aquela tarde na área de nudismo a ver se engatava alguma moça (embora descobrisse logo que não havia moças...só senhoras com peitos empinadinhos...na zona do umbigo, sempre dispostas a mostrar a dentadura com um sorriso) tinha-lhe rendido uma boa soneca, toda passada de barriga para cima em pleno meio-dia...mas também um escaldão na palmeira e nos cocos ao ponto de ter de fazer pontaria à sanita sem mãos, quando de pé, e de tentar molhar a fruta com a água do autoclismo para aliviar, quando sentado. Mas não se podia dar por insatisfeito já que o incidente lhe tinha rendido alguns olhares atrevidos direccionados às suas calças na zona das virilhas...mas também pudera, com um pacote de algodão enfiado nas cuecas... Já estava a rever a sua roupa para decidir o que vestiria, afinal só faltavam três horas, mas tendo em conta o banho, jantar e a hora e meia de desconto para vestir a parte de baixo(uma hora para as cuecas e meia para as calças propriamente ditas, mais precisamente) estava mesmo à risca. Esfregava já as mãos de contentamento...e rezava também para reconhecer o seu par.
Triunfante, entrou no quarto e pôs logo a água do banho a correr. Continuava a fingir que assobiava a música do Barco do Amor (desde que saira de perto da piscina soprava sem sucesso tentando assobiar, só conseguindo uns salpicos de baba que o obrigaram a limpar o queixo com a camisa...o que se revelou trágico para a camisa porque ficou besuntada de creme). Pondo-se em cuecas tentou imitar Tom Cruise quando este dança num dos seus primeiros filmes (ele não se lembrava qual, ne sequer se o tinha visto, muito menos da música que ele dançava). Abanando o máximo que conseguia o rabo em frente ao espelho, cantava uma saraivada de palavras numa língua desconhecida seguindo um ritmo indefinido. Quem estivesse a observar a cena de longe julgaria que se tratava de um senhor tentando reatar o momento de infância em que começava a tentar dar os primeiros passos ainda de fralda (o enchumaço das cuecas era deveras assustador).
Uma vez enchida a banheira, começou a tirar a roupa e meteu-se na banheira, não sem antes desviar o monte de algodão em frente da banheira que caíra das cuecas. Sentindo-a um pouco quente nos pés, ignorou pensando que era só impressão e, desejoso de se lavar e ficar bem cheiroso para a festa, mergulhou convictamente no caldo que estava na banheira. Escusado será dizer que abriu a goela e soltou o mais alto grito que alguma vez pregara, seguido de um rol de impropérios que logo chamaram a atenção dos vizinhos que correram a bater à sua porta. Entretanto ele debatia-se debruçado de costas na banheira, alguns centímetros acima do nível da água, soprando na direcção das virilhas, onde sentia arder um fogo (como) numa tocha...

É parvo mas olha...to be continued
Abrações Grandões

segunda-feira, janeiro 03, 2005

Ano Novo

Antes de mais quero desejar um Bom Ano a todos, que este ano novo traga tudo o que de melhor há, e que nos recorde a todos a preciosidade da vida, e nos traga felicidade a cada dia que passa.
Desde já quero agradecer às pessoas com as quais passei o ano, MUITO OBRIGADO a todos meus amigos. Adoro-vos como vocês não imaginam. Diverti-me muito mesmo...é sempre bom estar com vocês assim...
E agora quero agradecer a todos os meus amigos que me proporcionaram um dos melhores anos. A vossa simples presença fez-me feliz para além de qualquer expectativa e, embora um dos meus maiores desejos não se tinha realizado (cada vez mais me convenço que não se vai realizar tão cedo) vocês (juntamente com a minha família do meu coração) deram alento à minha vida e fizeram chorar de tanto rir e de estar tão feliz. Fizeram de 2004 um ano feliz para mim (tirando alguns acontecimentos mais tristes).
Obrigado a todos e a cada um dos que me rodeiam, e que habitam o meu coração.
Que o Novo Ano vos dê o que merecem, que é tudo. Tudo o que estiver ao meu alcance eu vou fazer, para vos ver e fazer felizes, como vocês me fazem a mim.
Aos meus amigos de Hoje e aos meus amigos de SEMPRE quero que saibam que são das pessoas mais bonitas que já conheci e que me sinto sortudo por vos ter na minha vida.

:') Abrações Grandões

Travis

Todos os blogs têm o post da praxe em que se transcreve a letra de uma música que diz qualquer coisa ao autor. Pois bem, chegou a minha vez, eis uma das minhas músicas favoritas de sempre que agora tive acesso ao comprar o best of da banda, que recomendo vivamente. Esta música tem tudo a ver com o meu habitual estado de espírito. Não sei se o mostro muitas vezes...mas assim ficam a saber o que me vai na cabeça.
Travis - "TURN"

I want to see what people saw
I want to feel like I felt before
I want to see the kingdom come
I want to feel forever young
I want to sing
To sing my song
I want to live in a world where I belong
I want to live I will survive
And I believe that it won't be very long

If we turn, turn, turn, turn, turn
Then we might learn

So where's the stars?
Up in the sky And what's the moon?
A big balloon?
We'll never know unless we grow
There's so much world outside the door
I want to sing
To sing my song
I want to live in a world where I'll be strong
I want to live I will survive
And I believe that it won't be very long

If we turn, turn, turn, turn
And if we turn, turn, turn, turn
Then we might learn
Turn, turn, turn, turn Turn, turn, turn
And if we turn, turn, turn, turn
Then we might learn
Learn to turn

Adoro!
Abrações Grandões
P.S. há muito que eu queria transcrever uma música mas estava difícil escolher qual, agora acho que fiz uma boa escolha. O vídeo também é um dos mais fixes que já vi.